“Os Sertões”, obra-prima de Euclides da Cunha, é um marco da literatura brasileira que narra, de forma épica e multifacetada, os acontecimentos da Guerra de Canudos, ocorrida no final do século XIX no sertão baiano. Mais do que um mero relato histórico, o livro mergulha profundamente na geografia, na sociologia e na psicologia do povo sertanejo, oferecendo um painel complexo e vívido do Brasil da época. É uma análise crua e poética dos conflitos entre a civilização litorânea e a barbárie do interior, como o autor a concebia.
Publicado em 1902, “Os Sertões” transcende as classificações genéricas, combinando elementos de reportagem, ensaio científico, sociologia e romance. Sua prosa vigorosa e analítica explora as interações entre o homem, a terra e a luta pela sobrevivência em condições extremas, tornando-o um documento essencial para a compreensão da formação do Brasil. A obra é reconhecida internacionalmente por sua profundidade e originalidade, exercendo uma influência duradoura sobre gerações de escritores e pensadores brasileiros.
Considerando a data de falecimento de seu autor, Euclides da Cunha, ocorrida em 1909, a obra “Os Sertões” encontra-se atualmente em domínio público no Brasil. Isso significa que seus direitos autorais expiraram, conforme a legislação brasileira que estabelece um prazo de 70 anos após a morte do autor para que uma obra se torne de domínio público. Dessa forma, ela pode ser livremente reproduzida, distribuída e adaptada, contribuindo para sua perene acessibilidade e relevância cultural.